As notícias da chegada da vacina ao Brasil já no início de 2021 animaram não somente os brasileiros, mas quem espera ansiosamente e a quilômetros de distância, o controle da pandemia da COVID19 e a realização dos desfiles das escolas de samba no próximo ano.
Apaixonada pela festa, Tania Daley – rainha de bateria da Em Cima da Hora, está contando as horas para poder viajar ao Brasil e sentir de perto o calor da bateria dos mestres Atila e Wando. Estreante no posto, a campeã internacional de salsa, vem se preparando intensamente para realizar o sonho que alimenta desde criança. Nicaraguense de nascimento e radicada nos Estados Unidos há mais de duas décadas, Tania estreou no Carnaval carioca em 2020, desfilando na Viradouro e também como rainha da Acadêmicos de Vigário Geral. O samba no pé e malemolência, mescladas à latinidade, renderam-lhe o convite da escola estreante na Série A para que a professora de dança reinasse à frente dos ritmistas.
“Realmente estou vivendo um momento de muita ansiedade, mas estou fazendo tudo como se estivesse me preparando para uma competição de salsa. Muito treino e dieta, além do pensamento positivo de que a vacina chegará logo e possamos ter o Carnaval que é muito mais do que uma festa, é um traço muito importante da cultura brasileira”, comenta a rainha.
Para arrasar na Sapucaí, Tania resolveu colocar em prática a vontade de aprender a tocar instrumentos e, inspirada na rainha Viviane Araújo, escolheu o tamborim para iniciar o projeto. A majestade dos ritmistas da Sintonia de Cavalcante convocou mestre Thiago Diogo (ex-Grande Rio), para o desafio e, segundo o professor, a bela leva jeito.
“Tania tem muita disciplina e um ouvido muito apurado. Já na primeira aula me surpreendeu”, diz o mestre que, atualmente, viaja o Brasil dando workshops de percussão. A rainha, por outro lado, não mede elogios ao professor.
“Thiago tem muita paciência comigo e não descansa enquanto eu não acerto a bossa. Nossas aulas acontecem online, mas eu já decidi que continuarei fazendo depois que tudo se normalizar. Também quero aprender a tocar repique e cuíca”, conta Tania que ainda não sabe quando poderá vir ao Brasil por conta das restrições de voo impostas pelos Estados Unidos a outros países .
** Este texto não necessariamente reflete, a opinião do FoliaDoSamba