Diretor artístico da Unidos da Tijuca, professor de dança especializado em afro e samba, o profissional é um estudioso sobre as heranças ancestrais africanas no carnaval
O ano de 2024 vem sendo de muita colheita para Pablo Guerreiro. Após um trabalho primoroso na direção artística do show que a Unidos da Tijuca apresentou na festa que elegeu o samba-enredo da escola no último fim de semana, o profissional, que conta com uma vasta experiência internacional participando de workshops e palestras que envolvem as relações do samba com a ancestralidade africana, foi convidado por Milton Cunha para ser membro da Academia Brasileira de Artes Carnavalescas, que já conta com nomes como Evelyn Bastos, Tarcísio Zanon e Célia Domingues, entre outras grandes personalidades que atuam em prol do carnaval.
“Sempre deposito toda a minha energia nos projetos que realizo e, ter sido convidado pelo Milton, é mais do que uma honra, significa que todo o processo de pesquisa e aprofundamento que fazemos em prol do carnaval está no caminho correto. A dança sempre foi o viés principal desse trabalho que é o de construção, junto aos coreógrafos e diretores de passistas, por exemplo, para um grande espetáculo para o público. O carnaval é o maior espetáculo do planeta e, tanto o turista que nos visita, como os sambistas que respiram carnaval, merecem ver shows que fiquem gravados na memória. Para a Academia, espero contribuir com esses debates que, certamente, engrandeceram a nossa cultura”, diz o profissional que nasceu no Rio Grande do Sul, onde iniciou a sua trajetória como passista da Sociedade Beneficente Recreativa Imperadores do Samba.
Com uma formação sólida nas artes, através do grupo Música e Dança Afro-sul Odomede, ele se tornou uma referência no mundo do samba, sendo reconhecido por sua habilidade de transmitir emoção e energia em suas performances. Pablo é conhecido por criar coreografias que celebram a cultura afro-brasileira, incorporando elementos de diversas influências e estilos, o que o levou aos cenários internacionais para levar o samba à Europa, Ásia e Estados Unidos.
** Este texto não necessariamente reflete, a opinião do FoliaDoSamba