“Axé Ngoma! A Festa do Batuque Ancestral” é o enredo da Abolição

O Acadêmicos da Abolição, que integra a Série Prata da Superliga das escolas da Intendente Magalhães, apresentará no carnaval 2024 o enredo: Axé Ngoma! A Festa do Batuque Ancestral!

  A pesquisa e o desenvolvimento de toda a parte de escrita do enredo ficarão por mais um ano a cargo do Enredista, Diretor de Carnaval e Vice-financeiro da escola Vladimir Rocha.

  A Equipe Artística da agremiação permanecerá com a mesma formação do Carnaval 2023, sendo formada por Raquel Faria, Livinha Pessoa e Cristiano Prado.

  Presidida por Neto Dória, o Acadêmicos da Abolição será a 3° escola a desfilar, na sexta-feira 16/02/2024.

  O Presidente está muito confiante e não medirá esforços para fazer um grande Carnaval. Neto ficou muito feliz com a proposta desenvolvida pelo Enredista da escola em trazer Simas, D2 e sua querida Estação Primeira de Mangueira, como condutores do enredo e  sente-se empolgado com o empenho e talento da Equipe Artística da agremiação.

  O enredo do Acadêmicos da Abolição no Carnaval 2024 é inspirado  no texto do querido Escritor, Professor e Compositor Luiz Antonio Simas (homenageado pela escola no Carnaval 2023) e no álbum: Assim Tocam os Meus Tambores, do Rapper e músico Marcelo D2.

  A escola exaltará o elemento ancestral Ng’oma ou Ngoma, reverenciando a magnitude do deus supremo Zambi, e contará uma história ancestral da criação do mundo.

  Zambi, que queria parar com a criação do mundo, foi incentivado pelos  Inquices, com todos os seus poderes e sabedoria a não parar com a criação.

 Os Inquices, que são os deuses do congo, comparados aos orixás, não vinham conseguindo alegrar o pai maior e fazê-lo continuar com a criação.

  Até que surge Zazi, o Senhor do fogo, que consultou o oráculo para saber como alegrar Zambi. E seguindo a ordens do adivinho, sacrificou um bode branco, retirou a pele do bicho e repartiu a carne entre os Inquices. Em seguida usou o fogo para tornar oco o pedaço de um tronco seco da floresta. Sobre uma das extremidades do tronco Zazi esticou o couro do animal e inventou NGOMA – O PRIMEIRO TAMBOR.

    Com o Ngoma criado, o Pai maior sairia do seu melancólico banzo.  Zambi deu o título a Zazi de Xicarangomo (o tocador de tambor). E anunciou que a criação não iria parar.

  Todos os Deuses do Congo ao batuque sincopado do Ngoma fizeram a primeira festa na manhã do Mundo. E hoje somos todos “frutos” dessa festa do batuque ancestral. E o tambor é a reverência de grandes manifestações culturais.

    Encerraremos o nosso desfile com uma grande homenagem à Estação Primeira de Mangueira, que traz o Tambor surdo como símbolo da resistência do Ngoma, tornando-a uma grande Escola de Samba, que encanta o mundo.

  E com o verde e rosa da Estação Primeira de Mangueira e o verde e branco do Acadêmicos da Abolição vamos pedir no Carnaval 2024:

Sua benção, Ngoma.

Nosso Pai Tambor!

Nós estamos no mundo para celebrá-lo.

** Este texto não necessariamente reflete, a opinião do FoliaDoSamba